sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

7º Texto - 6º Ano - 2022 - Pré-História tem História que não acaba mais!


7º Texto - Pré-História tem História que não acaba mais!

professor Pedro Henrique Ramos
A pré-história está dividida em dois grandes períodos: o período Paleolítico e o período Neolítico.

O período Paleolítico se iniciou a partir do surgimento dos primeiros seres humanos e teria terminado quando terminou a última era glacial, por volta de doze mil anos, momento em que se iniciou o período Neolítico. E o período Neolítico teria terminado entre oito mil e seis mil anos. Mas antes desses períodos...
Ramapithecus: da floresta para as savanas
É “completamente infundada a ideia de que o homem é descendente direto do macaco. Pesquisas recentes demonstram que, provavelmente, o homem e alguns tipos de macacos são parentes próximos, descendentes de um mesmo antepassado, já extinto, o Ramapithecus, um pequeno antropoide que teria vivido há 12 milhões de anos simultaneamente na Europa, África e Ásia[1].
Antes de começarmos a analisar o Ramapithecus vamos explicar o termo antropoide. Segundo o dicionário Aurélio, antropoide significa semelhante ao homem. Portanto, não se trata de um hominídeo, sendo semelhante a este. Os pesquisadores discutem ainda a ideia de que os antropoides teriam originado os símios e os hominídeos. Como aparece no texto, o ponto de origem de ambas as espécies foi provavelmente o Ramapithecus.
Essa espécie foi provavelmente um habitante das florestas, tendo a capacidade de caminhar por entre as árvores e, quando necessário, manter-se apoiado nos membros inferiores, mesmo que por pouco tempo. O Ramapithecus é entendido como o nosso primeiro ancestral também pelas inúmeras conquistas que começou a realizar, fundamentais para o aparecimento dos primeiros hominídeos. Passou a desenvolver a postura ereta, o que possibilitou que as mãos se tornassem independentes; ou seja, ao invés de precisar segurar nos galhos, agora o Ramapithecus poderia fazer uso das mãos para outras coisas. Porém essas mudanças não ocorreram sem uma mudança do ambiente.
O Ramapithecus passou a sair das florestas e habitar as savanas. As savanas são áreas mais abertas, sem a presença de grandes concentrações de árvores. Assim, tornar-se bípede era necessário. Vamos explicar.
Ao caminhar apoiado nos quatro membros pelas savanas, o Ramapithecus corria sérios riscos. Caso algum predador se aproximasse o Ramapithecus não teria como perceber, já que a vegetação iria impedir que o antropoide olhasse a chegada de um leão, por exemplo. Assim, levantar-se e observar o horizonte, acima da vegetação, permitia que o Ramapithecus se mantivesse mais seguro. Outro ponto importante a ser destacado foi o fato de que mãos livres permitiram uma maior exploração do meio, fazendo com que galhos pudessem ser carregados e usados como um meio de defesa.      
 Ardipithecus e Australopithecus: como defini-los? 
Até a publicação dos estudos sobre o Ardipithecus em outubro de 2009, cientistas afirmavam que o Australopithecus era considerado o elo do Ramapithecus e os primeiros hominídeos do gênero Homo. Hoje, sabemos, essa afirmação não é correta.
Antes do Australopithecus teria existido outra espécie, o Ardipithecus. Se o Australopithecus surgiu há cerca de três milhões de anos, o Ardipithecus surgiu há cerca de quatro, ou mesmo cinco milhões e meio de anos. Seria o Ardipithecus a próxima espécie a surgir após o Ramapithecus.
Essas descobertas também trazem algumas certezas. O Ardipithecus, assim como o Australopithecus, fazem parte da nossa linha evolutiva. Isso é certo. Portanto, “ganhamos” mais um ancestral! Sabe-se também que ambas as espécies existiam tanto em florestas quanto em savanas.
Vale lembrar que já nesse período não havia os dinossauros. Portanto, sem chances de homens e dinos terem se encontrado.
Abaixo, veremos imagens que mostram os formatos de pés e mãos, ajudando-nos a entender como tais estruturas do corpo indicam questões fundamentais do dia a dia dos nossos ancestrais.
Podemos ver que os pés e mãos do Ardipithecus indicam que a espécie tinha facilidade em subir e caminhar por entre as árvores. 

Relembrando aqui que, conforme discutimos em textos anteriores, os processos ligados à evolução humana são marcados pela diversidade. “As explicações para essa diversidade na espécie humana ainda são desconhecidas, mas especula-se que isso se deveu a alterações no clima, adaptações ao meio ambiente e modos de vida diferentes[2].
Além do mais
Uma das coisas mais legais que a escrita nos possibilita é que conseguimos criar narrativas, dar aos sonhos a forma de textos.  E hoje, dispus-me a inovar.
Faço agora um relato como se tivesse ido ao Período Paleolítico, graças a uma máquina do tempo.
Decidi visitar o passado, cerca de uns 300 mil anos, indo para o período Paleolítico. Arrumei-me e parti. O que irei lhes contar é impressionante.
Pousei a máquina sobre um campo. Desci e comecei a investigar o local. Percebi que o céu era mais estrelado do que o céu que vemos nas cidades. Não havia luzes de nenhum tipo...  A não ser, opa! Uma fogueira. Aproximei-me: era um grupo de Homo erectus. Eles estavam lanchando um coelho, se não me engano. Mantive-me em silêncio. Fiz anotações no meu caderninho. Faltava um pouco de higiene no ambiente, é verdade. Eles estavam todos juntos, em torno da fogueira. Há um que parecia ser o líder, o mais forte. Decidi chamá-lo de "André" em homenagem a um coordenador pedagógico que trabalha em São Caetano.
Percebi que eles conseguiram fogo devido a um incêndio que destruiu um bosque perto da entrada da caverna. Alguns pegavam madeiras em brasa e colocam fogo em outras folhas, evitando que as chamas apagassem. Que falta faz uma caixa de fósforos, não é mesmo?
Bem, continuando, notei que estava em algum lugar do Continente Europeu. Fazia um frio de lascar. Decidi voltar para a minha incrível máquina do tempo. Foram momentos incríveis! Uma viagem que jamais esquecerei.
Exercício de revisão
Chegou a sua vez. Imagine estar na pré-história. Imagine ter encontrado um grupo de hominídeos. Produza um texto sobre esse encontro. Você pode, inclusive, fazer um desenho junto com seu texto. 



[1] Moraes, J. G. V. Caminhos das Civilizações – São Paulo: Atual, 1993. p. 4
[2] Moraes, J. G. V. Caminhos das Civilizações – São Paulo: Atual, 1993. p. 5

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