domingo, 12 de maio de 2019

14º texto - O Egito Antigo - 6º ano


14º Texto - O Egito Antigo

Estudar o Antigo Egito é uma das coisas mais fascinantes que podemos fazer na escola! Uma civilização que existiu entre 3200 e 32 a.C.
Fascinante, essa civilização existiu muito pelo trabalho dos camponeses. E foram essas pessoas que fizeram com que o Egito ficasse conhecido como a civilização do Nilo. A civilização estabeleceu com o rio uma relação de respeito. “O rio, em si, oferece condições potenciais, que foram aproveitadas pela força de trabalho dos camponeses egípcios (...) organizados por um poder central, no período faraônico. Trabalho e organização foram, pois, os ingredientes principais da civilização egípcia. O rio, em si, como pode ser visto em ilustrações, ao mesmo tempo em que fertilizava, inundava. A cheia atingia de modo violento as regiões mais ribeirinhas e parcamente[1] as mais distantes. Era necessário organizar a distribuição da água de forma mais ampla, para (...) evitar alagados ou pântanos em algumas áreas e terrenos secos em outras. A solução foi o trabalho coletivo e solidário, intenso e organizado”[2].
O rio Nilo percorre uma distância de quase sete mil quilômetros (maior que a distância da cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, até Boa Vista, em Roraima) e, podemos dizer, foi o meio de existência da cultura egípcia. Os primeiros faraós souberam concentrar esforços para controlar e utilizar as águas do rio. O faraó egípcio não tinha apenas origem divina. Ele era o próprio Deus! “Mais do que senhor dos exércitos ou supremo juiz, o faraó é o símbolo vivo da divindade[3].
Por isso, os faraós egípcios foram identificados por vários deuses, reafirmando o poder desses homens. Veja só como Ramsés II, um dos principais faraós, era conhecido: “touro poderoso armado da justiça; defensor do Egito, que amarra os países estrangeiros; rico de anos, grande pelas vitórias, rico da justiça de Rá, eleito de Rá e amado de Amon, Ramsés” [4]
Mapa do território do império egípcio, o primeiro império da humanidade.

O faraó era chefe militar, o principal sacerdote, o maior guerreiro, o juiz supremo... Mas não governava sozinho. Tínhamos a presença dos escribas, homens que fiscalizavam e executavam algumas leis, além de chefes locais que controlavam determinadas áreas. Sem eles, o faraó não conseguiria governar. Mas, não podemos negar, o maior poder egípcio era o poder do faraó.
Quando falamos do Egito lembramos (mesmo sem querer) das pirâmides. Uma das principais, a pirâmide de Quéops (assim como tantas outras) foi construída no início do Império egípcio, há cerca de 2800 a.C. Esforço coletivo em construções que mostravam a cultura egípcia e o poder do faraó. A pirâmide de Quéops tem mais de 230 metros de base e quase 150 metros de altura (o que equivale a um prédio com aproximadamente 50 andares!). Obra dos camponeses sob a liderança dos faraós.
  A cultura egípcia foi, por todos esses fatores, muito original e fascinante. “O gigantismo do Egito foi sua fraqueza e sua força. Muitos esforços foram enviados para manter a unidade da terra do faraó; uma administração complexa foi mantida à custa de muito trabalho e a submissão do camponês foi massacrante. Mas os hieróglifos (a escrita egípcia) e as pirâmides, os templos e os sarcófagos, o primeiro modelo de administração centralizada no mundo e uma religião fascinante são um patrimônio da humanidade[5].

Exercícios de Revisão
1) Escreva duas características da civilização egípcia.
2) Escreva o nome de um deus (ou deusa) do Antigo Egito.


[1] De maneira fraca
[2] Pinsky, Jaime. As Primeiras Civilizações. São Paulo: Editora Contexto, 2001; p.68
[3] Pinsky, Jaime. As Primeiras Civilizações. São Paulo: Editora Contexto, 2001; p.71
[4] Pinsky, Jaime. As Primeiras Civilizações. São Paulo: Editora Contexto, 2001; p.72
[5] Pinsky, Jaime. As Primeiras Civilizações. São Paulo: Editora Contexto, 2001; p.72

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