14º Texto - O Egito Antigo
Estudar
o Antigo Egito é uma das coisas mais fascinantes que podemos fazer na escola!
Uma civilização que existiu entre 3200 e 32 a.C.
Fascinante, essa
civilização existiu muito pelo trabalho dos camponeses. E foram essas pessoas
que fizeram com que o Egito ficasse conhecido como a civilização do Nilo. A
civilização estabeleceu com o rio uma relação de respeito. “O rio, em si, oferece condições potenciais,
que foram aproveitadas pela força de trabalho dos camponeses egípcios (...)
organizados por um poder central, no período faraônico. Trabalho e organização
foram, pois, os ingredientes principais da civilização egípcia. O rio, em si,
como pode ser visto em ilustrações, ao mesmo tempo em que fertilizava,
inundava. A cheia atingia de modo violento as regiões mais ribeirinhas e parcamente[1] as
mais distantes. Era necessário organizar a distribuição da água de forma mais
ampla, para (...) evitar alagados ou pântanos
em algumas áreas e terrenos secos em outras. A solução foi o trabalho coletivo e
solidário, intenso e organizado”[2].
O rio Nilo percorre uma
distância de quase sete mil quilômetros (maior que a distância da cidade de
Porto Alegre, Rio Grande do Sul, até Boa Vista, em Roraima) e, podemos dizer,
foi o meio de existência da cultura egípcia. Os primeiros faraós souberam
concentrar esforços para controlar e utilizar as águas do rio. O faraó egípcio
não tinha apenas origem divina. Ele era o próprio Deus! “Mais do que senhor dos exércitos ou supremo juiz, o faraó é o símbolo
vivo da divindade”[3].
Por isso, os faraós
egípcios foram identificados por vários deuses, reafirmando o poder desses
homens. Veja só como Ramsés II, um dos principais faraós, era conhecido: “touro poderoso armado da justiça; defensor
do Egito, que amarra os países estrangeiros; rico de anos, grande pelas
vitórias, rico da justiça de Rá, eleito de Rá e amado de Amon, Ramsés” [4]
Mapa do território do
império egípcio, o primeiro império da humanidade.
O faraó era chefe
militar, o principal sacerdote,
o maior guerreiro, o juiz supremo... Mas não governava sozinho. Tínhamos a
presença dos escribas, homens que fiscalizavam e executavam algumas leis, além
de chefes locais que controlavam determinadas áreas. Sem eles, o faraó não
conseguiria governar. Mas, não podemos negar, o maior poder egípcio era o poder
do faraó.
Quando falamos do Egito
lembramos (mesmo sem querer) das pirâmides. Uma das principais, a pirâmide de
Quéops (assim como tantas outras) foi construída no início do Império egípcio,
há cerca de 2800 a .C.
Esforço coletivo em construções que mostravam a cultura egípcia e o poder do
faraó. A pirâmide de Quéops tem mais de 230 metros de base e
quase 150 metros
de altura (o que equivale a um prédio com aproximadamente 50 andares!). Obra
dos camponeses sob a liderança dos faraós.
A cultura egípcia foi, por todos esses fatores, muito
original e fascinante. “O gigantismo do
Egito foi sua fraqueza e sua força. Muitos esforços foram enviados para manter
a unidade da terra do faraó; uma administração complexa foi mantida à custa de
muito trabalho e a submissão do camponês foi massacrante. Mas os hieróglifos (a
escrita egípcia) e as pirâmides, os templos e os sarcófagos, o primeiro modelo
de administração centralizada no mundo e uma religião fascinante são um
patrimônio da humanidade”[5].
Exercícios de Revisão
1) Escreva duas
características da civilização egípcia.
2) Escreva o
nome de um deus (ou deusa) do Antigo Egito.
[1] De
maneira fraca
[2] Pinsky, Jaime. As Primeiras Civilizações. São Paulo:
Editora Contexto, 2001; p.68
[3] Pinsky, Jaime. As Primeiras Civilizações. São Paulo:
Editora Contexto, 2001; p.71
[4] Pinsky, Jaime. As Primeiras Civilizações. São Paulo:
Editora Contexto, 2001; p.72
[5] Pinsky, Jaime. As Primeiras Civilizações. São Paulo:
Editora Contexto, 2001; p.72
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