19º Texto - O
Renascimento
professor
Pedro Henrique Ramos
Os processos que levaram
à ocorrência do Renascimento já foram descritos, mas não custa lembrar quais
foram seus principais motivos. Temos a crise do Sistema Feudal, com o
surgimento de características pré-capitalistas (resultado, por sua vez, do
renascimento comercial e do renascimento urbano), com a ascensão da classe
burguesa, a centralização política e a formação dos Estados Nacionais. Nesse
último caso apontamos a aliança do rei com a burguesia. Também já apontamos em
nossas aulas o significado do termo Renascimento. Sabemos que se trata do
renascer dos valores da cultura greco-romana, e que os renascentistas buscavam
superar ideias e teorias majoritariamente místicas a partir de idéias e teorias
mais racionais. Vamos, a partir desta edição, trabalhar quais são os elementos
básicos do Renascimento e retomar onde o movimento se originou.
O Renascimento buscou se
estruturar em elementos ligados ao plano físico e não exclusivamente a questões
espirituais. Por isso a natureza e o racionalismo são fontes básicas de
inspiração. O ato de criar, definido como Hedonismo,
foi ressaltado e o individualismo passou a superar o princípio da coletividade.
Tratou-se de um período de “luzes”, em que vigoraram as ideias
antropocêntricas.
O movimento se iniciou
nos principados e cidades italianas (sendo visível o predomínio burguês nessas
regiões). Os principais fatores que poderíamos apontar estão associados às
Cruzadas, já que com elas as cidades italianas se tornaram os centros
comerciais mais importantes da Europa Ocidental. Com isso houve a ascensão da
burguesia e o aparecimento dos MECENAS,
homens que possuíam capital para sustentar e financiar os artistas
renascentistas. Por isso o Renascimento
nasceu como uma cultura marcadamente burguesa. É inegável que, com o tempo
e as mudanças trazidas pelo Renascimento, houve uma sensível adesão de
príncipes e eclesiásticos ao movimento. Mas vale a pena reafirmar que o
movimento renascentista originou-se como uma arte que falava pelos interesses
da burguesia.
Mais para frente, o
Renascimento “atendeu” e absorveu interesses de outros grupos, como os novos
príncipes, denominados condottiere.
Por fim, a presença dos sábios bizantinos na península Itálica confirmou a
importância dos principados e cidades italianas como divulgadores da cultura
renascentista.
No desenho a seguir,
feito por Leonardo da Vinci, perceba o destaque que o indivíduo ganha. A
Renascença mostra os rostos e as pessoas da Idade Média. Dá nome a elas...
Passa a ficar claro que o foco principal era a figura humana!
Além do mais
Na época do Renascimento,
as cidades italianas não eram unidas, formando cada qual um reino e, muitas
vezes, competindo entre si para ver quem possuía as mais belas construções, os
mais renomados artistas, os melhores renascentistas. E isso fez com que
surgissem verdadeiras obras de arte nas ruas, algumas que deixam a gente de
boca aberta. Quer alguns exemplos?
A primeira é uma
construção que foi em parte elaborada pelo renascentista Giotto di Bondone
(1266 -1337) e que se encontra na cidade de Florença: o Campanile. Foi
construída entre os séculos XIII e XIV, passando por algumas reformas nos
séculos posteriores (imagem à esquerda).
Em Bolonha você pode
observar outra maravilha feita pelo genial Giambologna (1529- 1608): a fonte de
Netuno. Foi feita na segunda metade do século XVI. Vale lembrar que a obra de
Giambologna faz menção a um dos deuses de origem grego-romana. Mais
renascentista impossível!
Exercícios de revisão
1) Escreva os nomes de
duas cidades italiana que viveram intensamente o Renascimento.
2) Podemos afirmar que os
renascentistas se limitaram somente aos quadros? Justifique sua resposta.
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