segunda-feira, 16 de setembro de 2019

23º Texto - Conhecendo alguns renascentistas - 7ºs anos


23º Texto: Conhecendo alguns renascentistas 
A seguir, você terá contato com alguns dos mais importantes nomes do Renascimento. Comecemos pela análise de um português. 
Gil Vicente (1465 - 1536/1540): um dos maiores nomes do Renascimento português. Com obras críticas e inovadoras,o trabalho de Gil Vicente foi um marco no desenvolvimento do Renascimento, tendo em vista que o escritor foi um dos precursores[2]  dos estilos que se difundiam e do movimento na península ibérica. “A Farsa de Inês Pereira”, uma das mais importantes obras de Gil Vicente, foi representada pela primeira vez em 1523, ao rei português D. João III.
Nicolau Copérnico (1473 - 1543): foi o primeiro na Renascença a formular a teoria heliocêntrica. O que é essa teoria?
O cientista, ao dedicar-se minuciosamente ao Almagesto do astrônomo Ptolomeu, e a outros especuladores celestiais, gregos e árabes, concluíra que não era a Terra o centro do universo. Era o Sol![3]. Considerado um dos maiores nomes do Renascimento, “referência” para os trabalhos de outros renascentistas, entre eles o também conhecido Galileu Galilei.
Galileu Galilei (1564-1642): físico e astrônomo italiano, foi também professor universitário em Pisa, Florença e Pádua. Para Galileu, o racionalismo matemático deveria ser a base de todo o pensamento científico. Sendo assim, foi o criador da ideia moderna da experiência científica, combinando a indução experimental com o cálculo dedutivo (podemos afirmar aqui que Galileu teve contato direto com o trabalho de Bacon).
"Em seus estudos de astronomia, estabeleceu comparações entre o sistema geocêntrico e o sistema heliocêntrico de Copérnico. Isso atraiu a atenção do Santo Ofício, que acabou condenando o cientista, em 1633, à prisão domiciliar e à abjuração de suas doutrinas. Suas principais contribuições foram a invenção do telescópio, do termômetro e estudos sobre a reflexão e a refração da luz[4].
Thomas Morus (1475 - 1535): um dos nomes principais do Renascimento inglês, o renascentista em questão foi o criador de uma das mais importantes obras do período. Veja abaixo um fragmento de seu livro “Utopia”, escrito em 1516: “[...] no caso do ser humano, a razão é a vaidade, a ideia de que se é melhor do que os outros quando se pode ostentar grandes propriedades e todo o tipo de luxo supérfluo. Esse tipo de coisa, porém, não acontece em Utopia”.
Morus descreveu uma sociedade sem ricos e pobres, em uma ilha imaginária. Por problemas religiosos, acabou sendo preso e foi executado por ordem do rei inglês Henrique VIII.
Michelangelo (1475 - 1564): além das diversas informações que já foram apresentadas sobre esse cara, podemos considerar que este renascentista italiano foi a figura símbolo do Cinquecènto. Para muitos pesquisadores, Michelangelo conciliou de maneira perfeita os ideais cristãos com as inovações renascentistas. Muitos estudiosos o consideram como um dos maiores expoentes das artes plásticas de toda a História. Não à toa. A magistral obra realizada no alto da capela Sistina foi feita por esse artista.
Foi o realizador de importantes e maravilhosas esculturas, além da célebre pintura que aparece a seguir, "A Criação de Adão"! 
Erasmo de Rotterdam (1466 - 1536): abordando o campo da teologia, o clérigo holandês Erasmo fez um trabalho que serviu de base ao que seriam as reformas protestantes. Traduziu o Novo Testamento. Fez contundentes críticas à Igreja, denunciando o afastamento de muitos clérigos dos princípios da fé. Foi autor da consagrada obra “Elogio da Loucura”, apontando, a partir de uma interessante narrativa, as origens, causas e consequências da natureza humana. Inegavelmente, Erasmo foi um humanista. Talvez um dos maiores.
Além do mais...

Vamos tratar um pouco sobre as crises do Renascimento.
Nos últimos textos você pôde observar que a formação dos princípios renascentistas começou a ocorrer a partir do final da Baixa Média, principalmente no final do século XIV e início do século XV. Essa formação ocorreu através do surgimento das ideias humanistas e da consolidação, como definem alguns historiadores, de um pré-Renascimento, no período denominado Trècento. Isso fica claro se lembrarmos que o Renascimento começou a ganhar forma aos poucos, lá na Baixa Idade Média, ligado à ampliação das atividades comerciais e urbanas.
Contudo, o Renascimento só se consolidou na Época Moderna, que se iniciou, cronologicamente, com a queda do Império Bizantino, em 1453 (marco do fim do período Feudal, ou seja, da Idade Média). Por isso, o Renascimento foi determinado, em muitos casos, pelas características  deste último período. “Os renascentistas gostavam de perceber o Renascimento como um movimento de brusca ruptura que se opunha à Idade Média. Na realidade, o universo medieval era tratado por eles como um tempo obscuro, cheio de irracionalidade e ignorância (a denominada Idade das Trevas). A visão de mundo que começava a alcançar muita presença no século XV tentava se opor ao mundo medieval, procurando retomar os princípios greco-romanos para fazer renascer a razão, o conhecimento e as artes[5].
Interessante, não é mesmo? Diante disso, não nos resta dúvidas da importância do Renascimento na Época Moderna, mas suas origens estão ligadas ao final da Idade Média (séculos XIV e início do XV).
As mudanças promovidas pelo Renascimento tiveram seu local de origem na Península Itálica e se “alastraram” por toda a Europa. Porém, o Renascimento foi perdendo força devido às guerras ocorridas na península Itálica; e ao enfraquecimento das atividades comerciais, pelas cidades italianas,. resultante do fim do controle das rotas de comércio por essas. No entanto, as mudanças promovidas pelos renascentistas determinariam os rumos da sociedade europeia, e, através das expansões ultramarinas, determinariam também os rumos do restante do mundo.
Exercícios de revisão
1) O que causou a crise do Renascimento? Argumente.
2) Procure o significado da palavra hedonismo e escreva nas linhas abaixo.



[2] o pioneiro, o que a vem frente, o que dá início a algo.
[4] Pazzinato, A. L.; Senise, M. H. V. “História Moderna e Contemporânea”. São Paulo: Ática, 1997. p. 31
[5] Moraes, J. G. Vinci de. “Caminhos das Civilizações – da Pré-História aos dias atuais” - São Paulo: Atual, 1993. p. 164.


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