O período Arcaico[i]
Segue o nosso 2º texto-base, utilizado nno 3º ao 5º encontro virtuais. Caso você não tenha lido o primeiro, acesse: https://respirehistoria.blogspot.com/2020/08/1-texto-base-para-nosso-3-encontro.html
A primeira informação que deve ficar bem clara é de que durante o período Arcaico (VIII - VI a.C.) uma das principais características foi a formação das cidades-estados. E essas cidades foram formadas devido a diversos fatores que acabaram por unir alguns genos.
A crise que levou ao fim do período Homérico demonstrava que a sociedade
grega cada vez mais se dividia entre aqueles que controlavam a terra, e,
portanto, o poder político, e aqueles que precisavam trabalhar para se
sustentar. É interessante notar que o grupo que controlava as terras ficou cada
vez mais concentrado em um número menor de pessoas. Alguns membros desse grupo
dominante se uniram, formando as cidades e passando a ser conhecidos como
aristocracia. Era o início das cidades-estados na Grécia Antiga (polis).
A polis apresentava algumas importantes
características. Era formada pela Acrópole, que era a estrutura central da
cidade, representada por um templo normalmente construído no local mais elevado
da cidade. Tínhamos também a Ágora, que era a praça central; e a Asti, que era
o mercado onde se realizavam as trocas. Devido ao crescimento da população os
gregos iniciaram uma expansão por toda a região do mar Mediterrâneo. Nos
séculos VIII a VI a.C., também devido ao endividamento dos camponeses, os
gregos passaram a fundar novas colônias. Essa foi outra característica do
período Arcaico: a expansão dos gregos por diversas regiões do mar
Mediterrâneo.
Atenas, fundada pelos jônios!
A cidade de Atenas ficava localizada na região da Ática. Atenas ficou
muito marcada pelos inúmeros problemas sociais decorridos, por sua vez, do alto
grau de exploração dos camponeses realizado pela aristocracia ateniense. A
escravidão por dívidas era muito comum em Atenas e foi um dos principais
fatores do início das revoltas. A maioria da população ateniense sofria
diretamente com a exploração.
Ao lado, moedas atenienses do século V a.C., chamadas de dracmas.
Devido a esse quadro inicial, as reformas sociais realizadas em Atenas
sempre apontaram para a tentativa em solucionar esses problemas, tanto que os
legisladores buscaram – de um modo ou de outro – criar leis que diminuíssem a
insatisfação popular.
Assim, temos a medida do legislador Sólon proibindo a escravidão por
dívidas a partir de 594 a.C. Mas, ao mesmo tempo, este legislador criou
“escalas” de cidadania, o que reafirmava uma sociedade marcada pela
desigualdade de direitos (os mais ricos possuíam mais direitos políticos).
Psístrato, em 560 a.C., iniciou o período das tiranias. Auxiliou os
camponeses, instituindo inclusive uma espécie de crédito para que os camponeses
pudessem desenvolver suas atividades agrícolas.
Foi com Clístenes que a democracia ateniense se consolidou. Assumindo o
poder em 509 a.C., Clístenes teve um governo baseado nos princípios de
igualdade política dos cidadãos e da participação de todos nas decisões do
governo. Dividiu a sociedade em unidades político-administrativas,
denominadas demos (por isso definimos como democracia!) e
deu ênfase a Eclésia, que era uma espécie de assembleia popular. Apesar disso,
ainda existiam muitos habitantes de Atenas que não possuíam nenhum direito
político.
Veja como ficou Atenas após as reformas de Clístenes:
- cidadãos (ricos ou pobres): possuíam direitos políticos iguais;
- estrangeiros (metecos): não possuíam direitos políticos. Atuavam como
comerciantes;
- escravos (comprados ou conquistados): não possuíam direitos.
Além dos escravos e dos estrangeiros, as mulheres também não possuíam
direitos políticos.
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