sábado, 29 de agosto de 2020

2º Texto-base para os nossos 3º ao 5º encontros virtuais - 6ºs anos

 O período Arcaico[i]

Segue o nosso 2º texto-base, utilizado nno 3º ao 5º encontro virtuais. Caso você não tenha lido o primeiro, acesse: https://respirehistoria.blogspot.com/2020/08/1-texto-base-para-nosso-3-encontro.html

A primeira informação que deve ficar bem clara é de que durante o período Arcaico (VIII - VI a.C.) uma das principais características foi a formação das cidades-estados. E essas cidades foram formadas devido a diversos fatores que acabaram por unir alguns genos.

A crise que levou ao fim do período Homérico demonstrava que a sociedade grega cada vez mais se dividia entre aqueles que controlavam a terra, e, portanto, o poder político, e aqueles que precisavam trabalhar para se sustentar. É interessante notar que o grupo que controlava as terras ficou cada vez mais concentrado em um número menor de pessoas. Alguns membros desse grupo dominante se uniram, formando as cidades e passando a ser conhecidos como aristocracia. Era o início das cidades-estados na Grécia Antiga (polis).

polis apresentava algumas importantes características. Era formada pela Acrópole, que era a estrutura central da cidade, representada por um templo normalmente construído no local mais elevado da cidade. Tínhamos também a Ágora, que era a praça central; e a Asti, que era o mercado onde se realizavam as trocas. Devido ao crescimento da população os gregos iniciaram uma expansão por toda a região do mar Mediterrâneo. Nos séculos VIII a VI a.C., também devido ao endividamento dos camponeses, os gregos passaram a fundar novas colônias. Essa foi outra característica do período Arcaico: a expansão dos gregos por diversas regiões do mar Mediterrâneo.

Atenas, fundada pelos jônios!

A cidade de Atenas ficava localizada na região da Ática. Atenas ficou muito marcada pelos inúmeros problemas sociais decorridos, por sua vez, do alto grau de exploração dos camponeses realizado pela aristocracia ateniense. A escravidão por dívidas era muito comum em Atenas e foi um dos principais fatores do início das revoltas. A maioria da população ateniense sofria diretamente com a exploração.

Ao lado, moedas atenienses do século V a.C., chamadas de dracmas.

Devido a esse quadro inicial, as reformas sociais realizadas em Atenas sempre apontaram para a tentativa em solucionar esses problemas, tanto que os legisladores buscaram – de um modo ou de outro – criar leis que diminuíssem a insatisfação popular.

Assim, temos a medida do legislador Sólon proibindo a escravidão por dívidas a partir de 594 a.C. Mas, ao mesmo tempo, este legislador criou “escalas” de cidadania, o que reafirmava uma sociedade marcada pela desigualdade de direitos (os mais ricos possuíam mais direitos políticos). Psístrato, em 560 a.C., iniciou o período das tiranias. Auxiliou os camponeses, instituindo inclusive uma espécie de crédito para que os camponeses pudessem desenvolver suas atividades agrícolas.

Foi com Clístenes que a democracia ateniense se consolidou. Assumindo o poder em 509 a.C., Clístenes teve um governo baseado nos princípios de igualdade política dos cidadãos e da participação de todos nas decisões do governo. Dividiu a sociedade em unidades político-administrativas, denominadas demos (por isso definimos como democracia!) e deu ênfase a Eclésia, que era uma espécie de assembleia popular. Apesar disso, ainda existiam muitos habitantes de Atenas que não possuíam nenhum direito político.

   Veja como ficou Atenas após as reformas de Clístenes:

- cidadãos (ricos ou pobres): possuíam direitos políticos iguais;

- estrangeiros (metecos): não possuíam direitos políticos. Atuavam como comerciantes;

- escravos (comprados ou conquistados): não possuíam direitos.

Além dos escravos e dos estrangeiros, as mulheres também não possuíam direitos políticos.



[i] Pedro Henrique Maloso Ramos

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