História: o que é isso?
professor Pedro Henrique Ramos
Em nosso
primeiro texto, uma fantástica entrevista! Isso mesmo! Entrevistamos um
ex-aluno nosso, hoje um fantástico historiador. Seu nome? Guilherme Azzi!
Acredite, um
dia Guilherme sentou-se nas cadeiras da EMEF Leandro Klein! Hoje, é professor
de História. Ele quis nos contar um pouco sobre o que é História, como ocorrem
as pesquisas nessa área e tudo (ou boa parte) do trabalho de um historiador.
Abaixo, uma
imagem de nosso entrevistado com a sua companheira. Luray.
Magazine
Histórico (MH) - Olá, caro Guilherme Azzi!
Guilherme
Azzi (GA) - Olá, amadxs alunxs do sexto ano!
MH - Como o
senhor deve saber, uma galera nova acabou de ingressar no Ensino Fundamental II
da EMEF Leandro Klein! E o pessoal está cheio de perguntas.
GA – Nossa,
fico muito em feliz em poder contribuir. Fui aluno dessa escola. Sei da enorme
importância em se levar a sério os estudos, especialmente quando estamos em uma
escola pública. Por isso, garanto que irei responder às perguntas com o máximo
de atenção.
MH - Que
legal! Vamos começar. Guilherme, a História
nos ajuda a responder perguntas do passado?
GA - Sim, com certeza! Mas não está somente ligada ao passado. Ela
possibilita que conheçamos como as pessoas trataram seus problemas do cotidiano
e, com isso, como esse conhecimento pode nos ajudar a lidar com o mundo em que
vivemos.
MH - E como “chegamos” a esse passado?
GA - Através de fontes históricas, vestígios – como um jornal antigo,
fotos – deixados pelas pessoas que viveram no passado. E tais vestígios não se
limitam somente a fontes escritas. Pode ser um prédio do século passado no
centro da cidade, pinturas de artistas das mais variadas épocas etc. São esses
vestígios que dão suporte básico ao trabalho do historiador.
MH - Existem verdades absolutas no estudo histórico?
GA - Não é possível construir verdades absolutas. As respostas que um
historiador encontra também são fruto de como as perguntas foram feitas. Assim,
respostas são exercícios de interpretação, mas que sempre devem respeitar a
verdade, a análise do fato. Nesse momento, o pesquisador não pode agir de
maneira parcial, escolhendo parte daquilo que pesquisou.
É importante também deixar claro que as perguntas de um pesquisador podem
complementar as dúvidas de outro. E isso também funciona com as respostas. Isso
explica o porquê de existirem centenas de livros sobre um mesmo assunto. Não
seria lógico escrever as mesmas coisas em vários livros. Portanto, são livros
diferentes porque trazem informações diferentes e que se complementam, às vezes
se opõem, mas sempre auxiliam o estudo do passado.
MH - Todo historiador é um pesquisador?
GA – Sim! Também podemos chamá-lo de investigador. No caso do
historiador, o seu trabalho se desenvolve no campo das ciências humanas – e
isso não exclui a participação de outras ciências. De forma alguma!
MH – O senhor é professor, certo?
GA – Sim!
GA – Sim!
MH – E historiador?
GA – Sim! Uma profissão auxilia a outra. Isso porque para preparar suas
aulas e responder as perguntas dos alunos e suas próprias dúvidas, o professor
deve estudar! E, ao estudar, um historiador tem condições de ensinar o que
aprendeu.
MH - Somos todos
sujeitos da história?
GA - Sim, e é
simples concluirmos isso. Nessa sala de aula quantas histórias não há? Quantos
fatos, quantos costumes diferentes? Ideias e escolhas diferentes, posições
diferentes. Então, somos sujeitos de nossa história, e o nosso destino estará
ligado as nossas escolhas e ações.
A nossa
história é uma construção diária, e nos levará aos dias futuros.
MH – Quais
são os principais instrumentos de trabalho de um historiador?
GA – Nossa,
são vários! Indicarei alguns.
Livros, sejam
aqueles voltados para assuntos específicos de História (por exemplo, um livro
que trata da Independência do Brasil) ou mesmo livros de literatura. Vou dar um
exemplo. “Germinal”, de Émile Zola (1840 – 1902), narra de forma magnífica como
viviam os trabalhadores das minas de carvão na França do século XIX. Trata-se
de uma obra literária que nos dá uma verdadeira aula de História.
MH – Muito legal!
GA – Há também os documentos, documentos dos mais diversos tipos.
Um exemplo
pode ser visto a seguir. Trata-se do documento com o hino de
independência do Brasil.
MH – Caro
Guilherme, uma curiosidade! Para ser um documento histórico precisa ser algo
antigo?
GA – De forma
alguma. Matérias de jornal do dia de hoje podem se configurar em importantes
documentos históricos. E, por isso, servirão de fonte de informações para
pesquisas futuras.
Mas há também
os fósseis! Aliás, a pesquisa com fósseis comprova que jamais podemos pensar em
fazer uma pesquisa usando apenas uma área do saber.
MH – Como
assim?
GA – O
professor Pedro adiantou, em uma conversa que tive com ele, que vocês terão
textos acerca da descoberta de novos fósseis sobre a evolução humana.
Para
descobrir informações sobre os vestígios dos primeiros seres humanos,
historiadores precisam do auxílio de químicos, biólogos, geógrafos... É a
montagem de um quebra-cabeça!
A seguir, a
imagem de um fóssil humano.
MH – Muito obrigado, amado Guilherme Azzi! Aprendemos muito!
GA – Eu que agradeço! Aproveitem muito! Tudo! Abraços!
Abaixo, seguem os dois primeiros exercícios de revisão! Vamos fazer!
Exercícios
de Revisão
1) Pesquise
no dicionário e escreva abaixo o significado da palavra História (atenção: não
precisa escrever todos os significados. Escolha um!).
2) Vamos
pensar um pouco: duas pessoas que observam o mesmo acontecimento, irão contar o
fato da mesma maneira, com as mesmas palavras? Argumente.
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