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domingo, 1 de março de 2015

Uma análise histórica sobre a astronomia – 2ª parte - A astronomia na Grécia Antiga

Uma análise histórica sobre a astronomia – 2ª parte[1]
A astronomia na Grécia Antiga
No primeiro texto dessa série analisamos como a astronomia esteve presente naquilo que se convencionou chamar de pré-História, bem como na Mesopotâmia e Egito Antigo, consideradas as primeiras civilizações a surgir[2].
No segundo texto dessa série analisaremos a astronomia dentro da Grécia Antiga, bem como conheceremos importantes pensadores gregos que abriram campo para o desenvolvimento da astronomia. Para tanto, nos ambientaremos com a Grécia Antiga no momento em que emergem as primeiras referências astronômicas nessa civilização. Vamos começar
A filosofia como vetor para o despertar da Astronomia
O surgimento da filosofia na Grécia Antiga foi fator fundamental para o desenvolvimento da astronomia. Não que antes os gregos não olhassem com admiração para o espaço sideral. Ao contrário. Basta lembrarmos que a principal divindade da Grécia Antiga, presente em todas as cidades-Estado gregas, era uma personagem mitológica profundamente atrelada aos eventos e fatos astronômicos, seja de forma direta ou indireta. Estamos falando de Zeus.
Zeus. Considerado como a divindade suprema da Grécia Antiga, chamado de “pai dos deuses e dos homens”, simbolizava o universo da razão. Após destronar seu pai, o titã Cronos, do poder, transformou-se então no novo senhor supremo do cosmo, que governava da morada dos deuses, no cume do Monte Olimpo. Era comum Zeus assumir a forma de animais, ou de nuvem, chuva etc[3].

 Também tivemos no período anterior ao que definimos como àquele que viu o nascer da filosofia a figura de um importante e genial pensador. Vivendo em uma região que tinha como característica a possibilidade de contato entre as culturas do Mediterrâneo, fortemente influenciada pelas culturas orientais, entre elas a dos povos formadores da Mesopotâmia, Tales, da cidade de Mileto, por isso chamado Tales de Mileto (624 – 546 a.C.), buscou elaborar as primeiras teorias acerca do que seria a Terra, bem como tudo o que a cercava. A Jônia (hoje atual Turquia) era uma das regiões da Grécia Antiga a ver aparecer os estudos matemáticos com um fôlego e importância respeitáveis. Mais uma vez, influenciados pelos povos orientais.
Segundo Tales[4], a Terra era esférica (!), flutuando sobre as águas. Tales também postulou que essas esferas seriam “exalações nebulosas do material cristalino da abóboda celeste” [5].
 No entanto, até o século VII a.C., os gregos explicavam os acontecimentos a partir de mitos. Tudo o que os cercava possuía um embasamento mitológico. Assim, o trabalho do genial Tales de Mileto pouco adentrou no campo que buscava desvencilhar-se da visão mitológica para a compreensão do que realmente seria a astronomia. Foi durante o século VI a.C. que essa situação começou a mudar. Os gregos passaram a ver “as relações humanas de forma mais realista e reflexiva”[6]. Essa forma de pensar auxiliou muito no desenvolvimento daquilo que posteriormente foi chamado de filosofia na Grécia Antiga. No entanto, o grande passo foi dado no século VI a.C., através dos sofistas.
Os sofistas não formaram nenhuma escola filosófica, mas partiram de uma orientação geral. Os mais importantes princípios para os sofistas eram os seguintes: o conhecimento deve se concentrar nos problemas do homem, partir das questões humanas. Nesse ponto é muito importante enfatizar o trabalho do sofista Protágoras de Abdera, que assim disse: “o homem é a medida de todas as coisas”; partiram da ideia de relativizar as noções do que é bom, justo, moral, verdade, e para isso se utilizavam da retórica, que nada mais é do que arte de se expressar de forma convincente, apresentando argumentos concretos e plausíveis. Viviam como “professores”, divulgando aquilo que poderíamos chamar de sofismo.
Protágoras de Abdera (480 – 411 a.C.)[7].
 
   Pitágoras (571? – 490 a.C.?), famoso matemático grego, viveu esse período de maneira bastante intensa, esse momento de passagem tão importante para o desenvolvimento da humanidade. Cabe dizer, no entanto, que pouco se tem de concreto sobre a vida desse importante pensador. Nascido nas regiões da Ásia Menor, em Samos, novamente retomando a importância dos povos orientais, em especial os árabes, para o despertar da razão,  Pitágoras se lançou a divulgar ideias, no mínimo, muito inovadoras para o período. Com 18 anos de idade, Pitágoras já conhecia e dominava muitos conhecimentos matemáticos e filosóficos da época. Através dos estudos astronômicos, “afirmava que o planeta Terra esférico e suspenso no Espaço (ideia pouco conhecida na época)” [8]. Começou a dar o embasamento para o que seria chamado de teoria geocêntrica, defendendo a ideia de que o Sol e a Lua, bem como os planetas, giravam ao redor da Terra. Foi direta e profundamente influenciado por Tales de Mileto.
   Tales de Mileto, famoso pelos avanços conseguidos no campo da matemática[9].
   Outro pensador pré-socrático que se debruçou sobre as questões que envolviam a análise do universo foi Filolau de Crotona (470 – 385 a.C.). Vivendo já no século V a.C., momento de considerável efervescência cultural e científica grega[10], Filolau teria exposto em texto escrito a doutrina pitagórica,  doutrina essa que influenciou outros pensadores, como Platão (427 – 347 a.C.).
  “Pelo que se sabe, Filolau foi o primeiro pensador a atribuir movimento à Terra. Ele propôs um sistema no qual a Terra girava em torno de um fogo central, que não era o Sol e que não podia ser visto porque ficava sempre do lado oposto ao lado habitado da Terra. O fogo era considerado pelos pitagóricos o elemento mais puro. Entre o fogo central e a Terra existia um outro planeta, invisível, que Filolau chamou de antiterra. Os nove corpos celestes[11] e a antiterra, como décimo corpo celeste, se movia em órbitas circulares em torno do fogo central”[12].
    O modelo proposto por Filolau[13]. Filolau estruturou o pensamento pitagórico em uma curiosa sentença: “e todas as coisas que podemos conhecer contêm número, pois sem ele nada pode ser concebido nem conhecido”[14]. 

Graças a essas primeiras sementes plantadas pelos sofistas, bem como por pensadores como Tales de Mileto, Pitágoras, entre outros, durante o século V a.C. a Grécia Antiga viu surgir grandes pensadores, que acabaram se tornando os maiores filósofos dessa civilização, sendo tão importantes que até os dias de hoje utilizamos os mesmos no pensamento racionalista. E alguns desses homens passaram a estudar com mais ênfase o espaço! O Universo!
Não que esse despertar da razão não tenha causado problemas aos que iniciavam a possibilidade de se pensar o mundo, o universo a sua volta de outra maneira. Sócrates (470 – 399 a.C.), por exemplo, foi condenado a se matar tomando cicuta, justamente pelas ideias que começa a divulgar. Foi um grande questionador, partindo da ideia de que somente a curiosidade (o questionar) leva ao conhecimento. Era assim que Sócrates enxergava as suas ações, partindo de um conhecimento e investigação permanentes. Ou seja, não bastava apenas crer. A lógica começava a se alterar, de certa forma, mesmo que de maneira muito amadora. Agora, era necessário conhecer, entender.
Sócrates sendo obrigado a tomar cicuta[15]. O filósofo “nada escreveu, mas transmitiu os ensinamentos aos seus discípulos. Acusado de corromper a juventude e renegar os deuses, foi julgado e condenado à morte. Platão transcreveu a defesa de Sócrates diante do tribunal, criando mais um clássico da filosofia grega” [16]. 

Aristóteles e outros pensadores gregos frente às descobertas no campo da Astronomia.
O século V a.C., como falamos anteriormente, foi um divisor de águas na Grécia Antiga. Muitos avanços ocorreram. E tal situação não foi diferente para os pensadores que se propunham a entender os eventos ligados à astronomia. Enormes esforços ocorreram para conhecer o Cosmos.
Platão, considerado o melhor “aluno” de Sócrates, escreveu e fundou uma escola fixa, a Escola de Atenas, local que recebeu pensadores de toda a civilização grega, entre eles Aristóteles. Para Platão existiam noções e ideias perfeitas que dirigiam todas as coisas do universo. E essas ideias não poderiam ser atingidas para a maioria dos homens, mas deveriam ser buscadas incessantemente pelos filósofos. Para Platão, a figura perfeita que representaria o universo seria o círculo. E vimos que essa figura geométrica já havia despertado o interesse e a curiosidade de babilônios e egípcios quando esses iniciaram os estudos astronômicos.
Mas talvez um dos maiores e mais significativos ganhos ocorridos no período foi o fato de que os pensadores gregos começaram a pensar na Astronomia sem a interferência da mitologia e dos ditames religiosos. Os gregos também começavam a enxergar cada vez mais o universo formado por inúmeras esferas (cascas esféricas, lembrando, de certa forma, uma cebola cortada ao meio[17]). A casca mais externa continha as estrelas, como havia mostrado Filolau. Havia a ideia do universo como algo finito, onde não existia nada além da esfera das estrelas.
 Aluno da Escola de Atenas (um dos melhores, por sinal), Aristóteles (384 – 322 a.C.) também buscou pensar sobre o Cosmos.  Aliás, o trabalho aristotélico é vasto, abrangendo as mais diversas áreas do conhecimento: lógica, política, estética, ciências naturais e, lógico, filosofia. Aristóteles, com base nas observações que fez da natureza, partiu da ideia de que a natureza estava em constante movimento, alternando entre destruição e transformação. Para Aristóteles tudo partiu do plano concreto, do material – pensamento contrário ao de Platão, que partia do abstrato para explicar as coisas. Defendeu a ideia do modelo geocêntrico, onde a Terra estava no centro, e os corpos celestes giravam ao seu redor. E lançou um dos princípios que Galileu Galilei (1564 – 1642) demonstrou, lá no século XVI, estar errado: a ideia de que a queda de um corpo mais pesado será mais rápida do que a de um corpo mais leve[18].
Mesmo discordando de Platão quanto ao campo das abstrações, Aristóteles desenvolveu uma teoria que demonstrava enorme influência das ideias platônicas sobre a sua maneira de enxergar as coisas. Trata-se da teoria do Éter.
Para o pensador, o éter era o elemento sutil e leve que compunha o céu, chamado de mundo supralunar, do qual eram feitas as estrelas. Portanto, o mundo supralunar seriam as esferas com os planetas. O éter seria a quintessência, diferenciando-se dos outros quatro elementos conhecidos (a saber, terra, água, ar e fogo), cujos movimentos seriam retilíneos. O éter preencheria todo o espaço vazio existente no universo. Essa diferença entre os dois mundos faria com que Aristóteles fosse além em suas proposições. Partindo do que constatara, Aristóteles sentenciou que o que valia para o céu não valeria para a Terra. Logo, os fenômenos se diferenciavam.
Representação do modelo geocêntrico[19].

Antes de partirmos para a análise de outros importantes “astrônomos” gregos, vamos analisar outro princípio aristotélico, no mínimo curioso. Buscando explicar porque as coisas eram atraídas para o chão, Aristóteles formulou o que seria a teoria do lugar natural. O raciocínio era simples: por que uma pedra cai quando solta do alto? Simples! Porque seu lugar natural é no chão. Obviamente que Aristóteles estava buscando compreender uma força física que só muitos séculos depois seria descoberta: a gravidade! A seu tempo, foi a explicação que encontrou. E, talvez, não tivesse consciência de quão importante é essa força nos fenômenos astronômicos!
Para além, e conjuntamente com Aristóteles, existiram outros geniais pensadores, alguns que formularam teorias que só se provariam corretas muitos anos depois (em alguns casos, mais de 1500 anos após).
Um desses gênios gregos foi Aristarco de Samos (310 – 230 a.C.). Foi o primeiro a formular um modelo heliocêntrico para o universo (!), onde o Sol passava a ocupar o centro, sendo rodeado pela Terra, Lua e outros corpos celestes. Simplesmente genial!
Profundamente ligado à matemática, confirmando a importância dessa ciência para os mais diversos estudos, também se tornou célebre por sua tentativa pioneira em determinar os tamanhos e as distâncias da Terra até o Sol e a Lua. Não à toa, é chamado de Copérnico da época[20]. Seu papel para a astronomia é tão notável que uma das crateras da Lua recebeu o seu nome. Uma justa homenagem!
 “Suas conclusões sobre a organização do Sistema Solar, mesmo que simples, são admiradas até hoje pela coerência que apresentam. (...) Afirmou que os movimentos de todos os corpos celestes poderiam ser mais facilmente descritos caso se admitisse que todos os planetas, incluindo a Terra, giravam em torno do Sol. Esse modelo heliocêntrico do universo foi, no entanto, considerado ousado demais e seu autor chegou a ser acusado de insulto religioso. Mesmo assim, a reação contra ele não chegou a ser tão agressiva quanto a que atemorizaria, quase 2000 anos mais tarde, Copérnico, Kepler e Galileu” [21]. Interessante, não é mesmo?
A cratera Aristarco[22]. Aristarco procurou determinar a distância da Terra a Lua a partir da relação da distância da Terra ao Sol, “considerando o triângulo formado por esses três corpos celestes no início do quarto crescente”[23].
Lamentavelmente, parte dos escritos de Aristarco se perdeu, e caso não fosse outro pensador grego, Arquimedes de Siracusa (287 - 212 a.C.)[24], pouco do que elaborou o pensador de Samos teria chegado até nós. 
Outro pensador, contemporâneo a Aristarco foi o genial Erastóstenes de Cirene (276 – 194 a.C.). Assim como os demais pensadores da Grécia Antiga atuou nos mais diversos campos do conhecimento. Da gramática à astronomia, ficou conhecido por suas geniais invenções. Basta lembrarmos que chegou a medir o raio e o volume do planeta Terra.
O pensador grego “sabia que no vigésimo primeiro dia de junho aconteceria o Solstício de verão[25] na cidade de Siena, e precisamente ao meio dia o Sol brilharia direto dentro de um poço em Siena, e iluminaria seu fundo sem que nenhuma sombra se projetasse em suas paredes. Porém, em Alexandria, exatamente na mesma hora, haveria sombras sendo projetadas. 
Partindo disso, para calcular a circunferência da Terra utilizou a seguinte relação trigonométrica:
(S/C)= (θ/ 2pi), onde:
S é a distância entre Siena e Alexandria;
θ é o ângulo formado das cidades de Siena e Alexandria;
C é a circunferência da Terra;
Ou seja, a razão entre a distância das cidades (S) e a circunferência da Terra (C) é igual à razão do ângulo formado pelas cidades e o ângulo total da circunferência da Terra.
A distância entre as cidades foi obtida multiplicando o número de passos dados de Siena até Alexandria, o comprimento de cada passo tem, supostamente, o mesmo tamanho. A informação que temos é que a distância encontrada é de 5000 estádios”[26].
No século XIX foi reconstruído o mapa do mundo feito por Eratóstenes. A geografia foi uma das principais áreas de atuação do pensador grego[27].
Hiparco e o astrolábio
Encerramos a nossa viagem astronômica pela Grécia Antiga com outro genial pensador. Hiparco (190 – 120 a.C.), astrônomo grego, já vivia em uma sociedade grega muito diferente daquela onde viveram Sócrates, Platão e Aristóteles. Era a Grécia do período Helenístico, sendo conhecida pela decadência das cidades-Estado e o domínio da Macedônia e, posteriormente, de Roma sobre os gregos.
No período, a influência macedônica sobre a Grécia Antiga era enorme. O período Helenístico também ficou muito conhecido por sua cultura. Os contatos e relações da cultura grega com os diversos povos do Oriente produziram uma rica e produtiva união cultural que denominamos cultura helenística. O farol de Alexandria e a Vênus de Milo são exemplos das preciosidades construídas no período. A matemática também se desenvolveu muito durante o helenismo, com as contribuições de importantes historiadores, entre eles Arquimedes, citado há pouco. Hiparco foi resultado desse processo.
A Vênus de Milo, uma das esculturas do período Helenístico[28].
Hiparco foi o criador do astrolábio, usado para medir as alturas dos astros a partir da linha do horizonte. O equipamento foi tão importante para o desenvolvimento do campo da astronomia, que basta lembrarmos que o navegante genovês, Cristóvão Colombo (1451 – 1506), usou o equipamento para chegar ao Novo Mundo em 1492.
No famoso filme “1492 – A conquista do Paraíso”, vemos Colombo usando um astrolábio para se orientar.




[1] RAMOS, Pedro Henrique Maloso.
[2] http://respirehistoria.blogspot.com.br/2015/02/uma-analise-historica-sobre-astronomia.html
[3] Imagem extraída do sítio http://www.giantbomb.com/zeus/3005-1101/images/
[4] Imagem extraída do sítio http://www.iep.utm.edu/thales/
[6] MORAES, J. G. V. Caminhos das Civilizações – São Paulo: Atual, 1993. p.  65
[7] Imagem extraída do sítio http://aletheiamuip.com/2012/02/01/protagoras-ya-no-cree-en-los-dioses/protagoras-de-abdera/
[8] http://www.suapesquisa.com/pesquisa/pitagoras.htm
[9] Imagem extraída do sítio http://www.jornallivre.com.br/193950/biografia-de-pitagoras.html
[10] Haja visto o fato de que a cidade-Estado de Atenas vivia o “século de Péricles”, também conhecido como a “Idade de Ouro de Atenas”, ou o período Clássico da civilização grega. Houve enorme desenvolvimento da cidade de Atenas, sendo que essa polis se tornou a principal da Grécia Antiga. Os avanços atingiram os campos da Política, arquitetura, filosofia entre outros.
[11] Na época, os corpos celestes conhecidos eram o Sol, Mercúrio, Vênus, a Terra, Lua, Marte, Júpiter, Urano e Saturno.
[14] http://pt.wikipedia.org/wiki/Filolau_de_Crotona
[15] Imagem extraída do sítio http://genius.com/2695709/Martin-luther-king-jr-letter-from-birmingham-jail-harvardx/To-a-degree-academic-freedom-is-a-reality-today-because-socrates-practiced-civil-disobedience
[16] MORAES, J. G. V. Caminhos das Civilizações – São Paulo: Atual, 1993. p.  65

[17] Imagem extraída do sítio http://marciocallegaro.blogspot.com.br/2012_08_01_archive.html
[18] A seu tempo, trataremos dessa sentença física importante.
[19] Imagem extraída do sítio http://en.wikipedia.org/wiki/Geocentric_model
[20] Alusão ao genial astrônomo Nicolau Copérnico (1473 – 1543), um dos maiores nomes do Renascimento.
[22] Imagem extraída do sítio http://astronomia.forumeiros.com/t261-foto-da-lua-em-cores-em-ccd
[25] momento em que o Sol, durante seu aparente movimento na esfera celeste, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da Linha do Equador. No hemisfério norte, o Solstício de verão ocorre no dia 21 de junho (http://pt.wikipedia.org/wiki/Solst%C3%ADcio).  

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