1º texto: História: o que é isso?
Em nosso primeiro texto, uma fantástica entrevista! Isso mesmo! Entrevistamos um ex-aluno nosso, hoje um fantástico historiador. Seu nome? Guilherme Azzi!
Acredite, um dia Guilherme sentou-se nas cadeiras da EMEF
Leandro Klein! Hoje, é professor de História. E quis nos contar um pouco sobre
o que é História, como ocorrem as pesquisas nessa área e tudo (ou boa parte) do
trabalho de um historiador.
Ao lado, uma imagem de nosso entrevistado com a sua companheira, Luray.
Magazine Histórico (MH) - Olá, caro Guilherme Azzi!
Guilherme Azzi (GA) - Olá, amadxs alunxs do sexto ano!
MH - Como o senhor deve saber, uma galera nova acabou de
ingressar no Ensino Fundamental II da EMEF Leandro Klein! E o pessoal está
cheio de perguntas.
GA – Nossa, fico muito em feliz em poder contribuir. Fui
aluno dessa escola. Sei da enorme importância em se levar a sério os estudos,
especialmente quando estamos em uma escola pública. Por isso, garanto que irei
responder às perguntas com o máximo de atenção.
MH - Que legal! Vamos começar. Guilherme, a História
nos ajuda a responder perguntas do passado?
GA - Sim, com certeza! Mas não está somente ligada ao
passado. Ela possibilita que conheçamos como as pessoas trataram seus problemas
do cotidiano e, com isso, como esse conhecimento pode nos ajudar a lidar com o
mundo em que vivemos.
MH - E como “chegamos” a esse passado?
GA - Através de fontes históricas, vestígios – como um
jornal antigo, fotos – deixados pelas pessoas que viveram no passado. E tais vestígios
não se limitam somente a fontes escritas. Pode ser um prédio do século passado
no centro da cidade, pinturas de artistas das mais variadas épocas etc. São
esses vestígios que dão suporte básico ao trabalho do historiador.
MH - Existem verdades absolutas no estudo histórico?
GA - Não é possível construir verdades absolutas. As
respostas que um historiador encontra também são fruto de como as perguntas
foram feitas. Assim, respostas são exercícios de interpretação, mas que sempre
devem respeitar a verdade, a análise do fato. Nesse momento, o pesquisador não
pode agir de maneira parcial, escolhendo parte daquilo que pesquisou.
É importante também deixar claro que as perguntas de um
pesquisador podem complementar as dúvidas de outro. E isso também funciona com
as respostas. Isso explica o porquê de existirem centenas de livros sobre um
mesmo assunto. Não seria lógico escrever as mesmas coisas em vários livros.
Portanto, são livros diferentes porque trazem informações diferentes e que se
complementam, às vezes se opõem, mas sempre auxiliam o estudo do passado.
MH - Todo historiador é um pesquisador?
GA – Sim! Também podemos chamá-lo de investigador. No
caso do historiador, o seu trabalho se desenvolve no campo das ciências humanas
– e isso não exclui a participação de outras ciências. De forma alguma!
MH – O senhor é professor, certo?
GA – Sim!
MH – E historiador?
GA – Sim! Uma profissão auxilia a outra. Isso porque para
preparar suas aulas e responder as perguntas dos alunos e suas próprias
dúvidas, o professor deve estudar! E, ao estudar, um historiador tem condições
de ensinar o que aprendeu.
MH - Somos todos sujeitos da história?
GA - Sim, e é simples concluirmos isso. Nessa sala
de aula quantas histórias não há? Quantos fatos, quantos costumes diferentes?
Ideias e escolhas diferentes, posições diferentes. Então, somos sujeitos de
nossa história, e o nosso destino estará ligado as nossas escolhas e ações.
A nossa história é uma construção diária, e nos levará
aos dias futuros.
MH – Quais são os principais instrumentos de trabalho de
um historiador?
GA – Nossa, são vários!
Indicarei alguns.
Livros, sejam aqueles voltados para assuntos específicos de História (por exemplo, um livro que trata da Independência do Brasil) ou mesmo livros de literatura. Vou dar um exemplo. “Germinal”, de Émile Zola (1840 – 1902), narra de forma magnífica como viviam os trabalhadores das minas de carvão na França do século XIX. Trata-se de uma obra literária que nos dá uma verdadeira aula de História.
MH – Muito legal!
GA – Há também os documentos, documentos dos mais
diversos tipos.
Um exemplo pode ser visto ao lado. Trata-se do documento
com o hino de independência do Brasil.
Olhe que legal!
MH – Caro Guilherme, uma curiosidade! Para ser um
documento histórico precisa ser algo antigo?
GA – De forma alguma. Matérias de jornal do dia de hoje
podem se configurar em importantes documentos históricos. E, por isso, servirão
de fonte de informações para pesquisas futuras.
Mas há também os fósseis!
Aliás, a pesquisa com fósseis comprova que jamais podemos pensar em fazer uma
pesquisa usando apenas uma área do saber.
MH – Como assim?
GA – O professor Pedro adiantou, em uma conversa que tive
com ele, que vocês terão textos acerca da descoberta de novos fósseis sobre a
evolução humana.
Para descobrir informações sobre os vestígios dos
primeiros seres humanos, historiadores precisam do auxílio de químicos,
biólogos, geógrafos... É a montagem de um quebra-cabeça!
Ao lado, a imagem de um fóssil humano.
MH – Muito obrigado, amado Guilherme Azzi! Aprendemos
muito!
GA – Eu que agradeço! Aproveitem muito! Tudo! Abraços!
Abaixo, seguem os dois primeiros exercícios de revisão!
Vamos fazer!
Exercícios de Revisão
1) Pesquise no dicionário e escreva abaixo o significado
da palavra História (atenção: não precisa escrever todos os significados.
Escolha um!).
2) Vamos pensar um pouco: duas pessoas que observam o
mesmo acontecimento, irão contar o fato da mesma maneira, com as mesmas
palavras? Argumente.
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