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domingo, 30 de agosto de 2020

21º Texto - As Escolas Humanistas - 7ºs anos

21º Texto - As Escolas Humanistas

O texto que leremos, visando facilitar a compreensão acerca dos assuntos abordados, está dividido em três partes, cada qual com um título. Vamos começar?

Os humanistas e as escolas

Para definir quem eram os humanistas, faremos uso de um livro, chamado “O Renascimento”, do professor Nicolau Sevcenko. Vamos a um trecho do livro:

Os humanistas (...) voltavam-se para o aqui e o agora, para o mundo concreto dos seres humanos em luta entre si e com a natureza, a fim de terem um controle maior sobre o próprio destino. (...) A postura dos humanistas (...) valorizava o que de divino havia em cada homem, induzindo-o a expandir, a criar e a produzir, agindo sobre o mundo para transformá-lo de acordo com sua vontade e interesse[ii].

Legal, né? Agora podemos entender como essa visão foi fator determinante na formação do pensamento humanista, a partir do século XIV.

Mudar os conceitos da sociedade medieval levou um tempo realmente considerável e demonstrou que pioneiros, como Dante e Petrarca, foram fundamentais para que uma parte da população da Europa começasse a enxergar o mundo de uma forma diferente a partir do século XV.

O primeiro sinal foi o aparecimento de bibliotecas e de grandiosas coleções de livros. E o acesso ao conhecimento começava, mesmo que ainda direcionado para os grupos mais ricos, a se tornar uma realidade mais acessível. Apareceram as escolas laicas, principalmente na península Itálica, muitas vezes ligadas aos poderes municipais (entenda, burgueses) e sob o comando de notáveis humanistas, entre eles Vittorio da Feltre (1378 – 1446), professor na cidade de Mântua, e Guarino de Verona (1370 – 1460), professor em Verona.

 O que era ensinado?

Dificilmente pode ser precisado tudo o que era abordado dentro dessas escolas. Mas o trecho do livro do professor Sevcenko nos dá uma boa ideia. Houve uma fase, o século XV mais especificamente, que se tornou moda ler e reler os escritos da Grécia Antiga. E, obviamente, as questões que foram tratadas pelos filósofos gregos da Antiguidade voltaram a ser debatidas pelos humanistas em suas escolas: ética, política, cidadania, filologia[iii] etc.

Se questões religiosas eram debatidas? Obviamente que sim. Muitos dos humanistas foram fundamentais para o início dos movimentos que vieram a contestar o domínio da Igreja Católica e a propor reformas e mudanças religiosas.

O livro, fundamental!

Entre os séculos XII e XIII surgiram as primeiras experiências de impressão na Europa: desenhos em telas com blocos de madeira talhados em relevo. Era como se fosse um prensa, onde o que estava gravado na madeira “passava” para a tela. O uso dessa técnica para a escrita demorou um pouco mais. Primeiro porque o pergaminho, onde eram escritas as ideias, a frases dos pensadores era relativamente caro.

Com o desenvolvimento do papel de trapos no início do XV, os livros começaram a ser produzidos em maior escala. Um nome fundamental para a popularização do livro foi o alemão Johannes Gutenberg (1398 – 1468). Ele criou um processo que consistia em cunhar as letras em matrizes de cobre, com um punção[iv] de aço com letras gravadas em relevo, gerando uma espécie de molde de letras, que eram finalmente montadas em uma base de chumbo, tintadas e prensadas. Assim, Gutenberg produziu a primeira Bíblia, impressa em latim, produzindo cerca de 300 exemplares. O livro passava a ser um objeto mais acessível.

Exercícios de Revisão

1) Procure no dicionário o significado de humanismo e escreva o que encontrou.

2) Associe o Humanismo ao Renascimento




[ii] Sevcenko, Nicolau. O Renascimento. 2ª ed. São Paulo, Atual, 1985. p. 16

[iii] consiste no estudo científico de uma língua

[iv]  instrumento que serve para gravar

 

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