21º Texto - As Escolas Humanistas
O texto que leremos, visando facilitar a compreensão acerca dos assuntos
abordados, está dividido em três partes, cada qual com um título. Vamos
começar?
Os humanistas e as escolas
Para definir quem eram os humanistas, faremos uso de um livro, chamado
“O Renascimento”, do professor Nicolau Sevcenko. Vamos a um trecho do livro:
“Os humanistas (...) voltavam-se para o aqui e o agora, para o mundo
concreto dos seres humanos em luta entre si e com a natureza, a fim de terem um
controle maior sobre o próprio destino. (...) A postura dos humanistas (...)
valorizava o que de divino havia em cada homem, induzindo-o a expandir, a criar
e a produzir, agindo sobre o mundo para transformá-lo de acordo com sua vontade
e interesse”[ii].
Legal, né? Agora podemos entender como essa visão foi fator determinante
na formação do pensamento humanista, a partir do século XIV.
Mudar os conceitos da sociedade medieval levou um tempo realmente
considerável e demonstrou que pioneiros, como Dante e Petrarca, foram
fundamentais para que uma parte da população da Europa começasse a enxergar o
mundo de uma forma diferente a partir do século XV.
O primeiro sinal foi o aparecimento de bibliotecas e de grandiosas
coleções de livros. E o acesso ao conhecimento começava, mesmo que ainda
direcionado para os grupos mais ricos, a se tornar uma realidade mais
acessível. Apareceram as escolas laicas, principalmente na península Itálica,
muitas vezes ligadas aos poderes municipais (entenda, burgueses) e sob o
comando de notáveis humanistas, entre eles Vittorio da Feltre (1378 – 1446),
professor na cidade de Mântua, e Guarino de Verona (1370 – 1460), professor em
Verona.
O que era ensinado?
Dificilmente pode ser precisado tudo o que era abordado dentro dessas
escolas. Mas o trecho do livro do professor Sevcenko nos dá uma boa ideia.
Houve uma fase, o século XV mais especificamente, que se tornou moda ler e
reler os escritos da Grécia Antiga. E, obviamente, as questões que foram
tratadas pelos filósofos gregos da Antiguidade voltaram a ser debatidas pelos
humanistas em suas escolas: ética, política, cidadania, filologia[iii] etc.
Se questões religiosas eram debatidas? Obviamente que sim. Muitos dos
humanistas foram fundamentais para o início dos movimentos que vieram a
contestar o domínio da Igreja Católica e a propor reformas e mudanças
religiosas.
O livro, fundamental!
Entre os séculos XII e XIII surgiram as primeiras experiências de
impressão na Europa: desenhos em telas com blocos de madeira talhados em
relevo. Era como se fosse um prensa, onde o que estava gravado na madeira
“passava” para a tela. O uso dessa técnica para a escrita demorou um pouco
mais. Primeiro porque o pergaminho, onde eram escritas as ideias, a frases dos
pensadores era relativamente caro.
Com o desenvolvimento do papel de trapos no início do XV, os livros
começaram a ser produzidos em maior escala. Um nome fundamental para a
popularização do livro foi o alemão Johannes Gutenberg (1398 – 1468). Ele criou
um processo que consistia em cunhar as letras em matrizes de cobre, com um
punção[iv] de aço com letras
gravadas em relevo, gerando uma espécie de molde de letras, que eram finalmente
montadas em uma base de chumbo, tintadas e prensadas. Assim, Gutenberg produziu
a primeira Bíblia, impressa em latim, produzindo cerca de 300 exemplares. O
livro passava a ser um objeto mais acessível.
Exercícios de Revisão
1) Procure no dicionário o significado de
humanismo e escreva o que encontrou.
2) Associe o Humanismo ao Renascimento
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