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segunda-feira, 27 de maio de 2019

19º Texto - Magazine Histórico do 7º Ano - EMEF Leandro Klein


19º Texto - O Renascimento
professor Pedro Henrique Ramos
Os processos que levaram à ocorrência do Renascimento já foram descritos, mas não custa lembrar quais foram seus principais motivos. Temos a crise do Sistema Feudal, com o surgimento de características pré-capitalistas (resultado, por sua vez, do renascimento comercial e do renascimento urbano), com a ascensão da classe burguesa, a centralização política e a formação dos Estados Nacionais. Nesse último caso apontamos a aliança do rei com a burguesia. Também já apontamos em nossas aulas o significado do termo Renascimento. Sabemos que se trata do renascer dos valores da cultura greco-romana, e que os renascentistas buscavam superar ideias e teorias majoritariamente místicas a partir de idéias e teorias mais racionais. Vamos, a partir desta edição, trabalhar quais são os elementos básicos do Renascimento e retomar onde o movimento se originou.
O Renascimento buscou se estruturar em elementos ligados ao plano físico e não exclusivamente a questões espirituais. Por isso a natureza e o racionalismo são fontes básicas de inspiração. O ato de criar, definido como Hedonismo, foi ressaltado e o individualismo passou a superar o princípio da coletividade. Tratou-se de um período de “luzes”, em que vigoraram as ideias antropocêntricas.
O movimento se iniciou nos principados e cidades italianas (sendo visível o predomínio burguês nessas regiões). Os principais fatores que poderíamos apontar estão associados às Cruzadas, já que com elas as cidades italianas se tornaram os centros comerciais mais importantes da Europa Ocidental. Com isso houve a ascensão da burguesia e o aparecimento dos MECENAS, homens que possuíam capital para sustentar e financiar os artistas renascentistas. Por isso o Renascimento nasceu como uma cultura marcadamente burguesa. É inegável que, com o tempo e as mudanças trazidas pelo Renascimento, houve uma sensível adesão de príncipes e eclesiásticos ao movimento. Mas vale a pena reafirmar que o movimento renascentista originou-se como uma arte que falava pelos interesses da burguesia.
Mais para frente, o Renascimento “atendeu” e absorveu interesses de outros grupos, como os novos príncipes, denominados condottiere. Por fim, a presença dos sábios bizantinos na península Itálica confirmou a importância dos principados e cidades italianas como divulgadores da cultura renascentista.
No desenho a seguir, feito por Leonardo da Vinci, perceba o destaque que o indivíduo ganha. A Renascença mostra os rostos e as pessoas da Idade Média. Dá nome a elas... Passa a ficar claro que o foco principal era a figura humana!

Além do mais
Na época do Renascimento, as cidades italianas não eram unidas, formando cada qual um reino e, muitas vezes, competindo entre si para ver quem possuía as mais belas construções, os mais renomados artistas, os melhores renascentistas. E isso fez com que surgissem verdadeiras obras de arte nas ruas, algumas que deixam a gente de boca aberta. Quer alguns exemplos?
A primeira é uma construção que foi em parte elaborada pelo renascentista Giotto di Bondone (1266 -1337) e que se encontra na cidade de Florença: o Campanile. Foi construída entre os séculos XIII e XIV, passando por algumas reformas nos séculos posteriores (imagem à esquerda).
Em Bolonha você pode observar outra maravilha feita pelo genial Giambologna (1529- 1608): a fonte de Netuno. Foi feita na segunda metade do século XVI. Vale lembrar que a obra de Giambologna faz menção a um dos deuses de origem grego-romana. Mais renascentista impossível!   

Exercícios de revisão
1) Escreva os nomes de duas cidades italiana que viveram intensamente o Renascimento.
2) Podemos afirmar que os renascentistas se limitaram somente aos quadros? Justifique sua resposta.

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