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terça-feira, 11 de dezembro de 2018

4º Texto - 7º Ano - 2022 - O Império Romano


O Império Romano   - com atividade de aprofundamento
professor Pedro Henrique Ramos

A escolha da frase que abre esse texto não é de forma alguma aleatória. Ainda que a mesma faça referência ao período republicano (início do século I a.C.), as consequências para o período imperial foram sérias. O próprio professor Leoni discorre que a Roma gloriosa desmoronou com o 2º Triunvirato. Mas, antes de listarmos os mais diversos problemas, vamos compreender os primórdios da vida imperial romana.
O início do império romano
O primeiro imperador romano, Otávio Augusto, foi habilidoso para restituir a paz em Roma, tanto interna quanto externamente.  “Augusto domina totalmente, dá a Roma mais esplendor civil e político, consolida o império” [1].
Mas, após Otávio, a situação desandou de forma impressionante. Em grande parte pelo fato de que os imperadores que sucederam Otávio Augusto, após a sua morte, em 14 d.C., fizeram coisas que, convenhamos, os colocam como os piores administradores da História. Tibério (14 – 37)[2], imagem ao lado, sucessor de Otávio, deu início a uma época de terror, marcada por espionagens e delações. Resultado: foi assassinado. O próximo imperador foi Calígula (37 – 41), um das figuras mais desequilibradas da História. Desde a nomeação de seu cavalo, Incitatus, como cônsul, até o fato de que promovia rotineiras festas, movidas à sexo, Calígula prostituiu as esposas dos senadores. Resultado: foi assassinado.
Você acha que acabou? Não! Apesar da existência de Cláudio (41 – 54), com um governo que adotou medidas que buscaram retomar uma política mais equilibrada em Roma, seu sucessor, Nero (54 – 68), governou de maneira desastrosa.
Nero, sobrinho de Cláudio, apesar de estar sob os cuidados de uma das mentes mais brilhantes da História, Lúcio Annêo Sêneca[3] (4 a.C. – 65), o que conferiu ao início do seu governo um período de grandiosidade, ficou conhecido por mandar matar cristãos, incendiando bairros romanos onde esses viviam. bem como mandar assassinar a sua mãe, Sêneca se suicidar...
Tragicômica, a sua morte é um dos eventos que mostra o quão Nero era destemperado. Ao ver as tropas de Sérvio Sulpício Galba (68 – 69) se aproximar para retirá-lo do poder, Nero se mata, soltando a frase: “que artista o mundo perderá!”. Isso porque o sobrinho de Cláudio considerava-se um excelente cantor. Cada uma...
Depois disso, dessa hecatombe de tragédias, fica óbvio entender o porquê os historiadores consideram que, após a morte de Otávio Augusto, Roma ficou marcada por inúmeros e graves problemas. Além disso, a expansão territorial, realizada pelos romanos, continuou, porém diminuiu, e a maior preocupação agora era manter as áreas conquistadas. Assim, a política romana não privilegiava mais as áreas a serem conquistadas e sim a proteção das áreas que foram conquistadas.
Com isso, os romanos buscaram melhorar as províncias (as regiões conquistadas), sendo comum a presença de províncias ricas. No período também se consolidou a economia romana baseada na escravidão, onde o escravo estava inserido em todas (ou quase todas) as relações de trabalho na Roma Antiga, o que conferiu a essa sociedade o título de sociedade escravista. No entanto, os escravos vinham das conquistas romanas. Como os imperadores diminuíram as conquistas houve, consequentemente, uma diminuição na oferta de escravos o que fez surgir um problema: como uma sociedade escravista vive sem escravos? Isso começou a enfraquecer o império.
Justamente para “contornar” o problema da falta de escravos, outras conquistas foram feitas até que, após 117 d.C., elas definitivamente acabaram. Nessa época o Império chegou a sua maior extensão, uma área realmente impressionante. Os romanos conquistaram regiões em três continentes: Europa, África e Ásia. Foi no governo de Trajano, entre 98 d.C. e 117 d.C. que o império atingiu sua maior área.
Frente ao exposto, já a partir do século II, em 138, após a morte do imperador Adriano, Roma mergulhou em crises, decadências, começando a perder a sua unidade, resultado também da penetração dos povos que moravam nas redondezas do Império Romano.
A formação da crise imperial
A dependência da economia romana quanto ao trabalho escravo fez surgir um grave problema: uma sociedade escravista que não possuía a oferta de escravos, fazendo com que o preço dos escravos que existiam aumentasse muito! Os escravos produziam os alimentos e como o seu preço estava subindo, o preço dos alimentos subia também!
Assim, alimentos mais caros impediam que a população pobre se alimentasse adequadamente. Era a formação de um problema sem aparente solução! E como se não bastassem essas situações, o século III d.C. (201 – 300) foi marcado por outros problemas sociais graves, como o inchaço do exército. Vamos explicar.
Como o império aumentou era necessário cada vez mais soldados para proteger as fronteiras. Um número maior de soldados significava um aumento nos gastos (manter um exército é caro!). Assim, mais dinheiro era gasto. Para piorar a situação existia uma enorme instabilidade política, com disputas de poder e problemas internos. Era necessário buscar soluções.
Além do mais
O texto que você acabou de ler deixou bem claro que Roma estava cheia de problemas! Faltava comida, emprego, moradia... Assim, os plebeus estavam ficando revoltados.
Diante disso, os imperadores passaram a utilizar a tática do chamado “Pão e Circo”. O que seria?
No Coliseu, quase todos os dias, gladiadores lutavam até a morte, divertindo a população. Um espetáculo circense aterrador! Havia leões, tigres, homens se enfrentando. E, durante as lutas, refeições eram servidas. A ideia era que, de estômago cheio e com outras coisas para pensar, os revoltosos se acalmariam, esqueceriam os problemas.
Exercícios de Revisão
Escolha um imperador romano e faça uma pesquisa sobre ele. Atenção, a pesquisa pode ser digitada. Porém, se for mera cópia de texto, o discente perderá uma rodada de figurinhas e dois pontos na média de ética.
OIA – Atividade de aprofundamento – as questões devem ser respondidas na folha entregue pelo professor. Atenção: não se esqueça de colocar o nome na folha de respostas.
Uma das primeiras coisas que fizemos nas nossas aulas foi assistir a um filme, na verdade um desenho, feito em 1967.
Foi a primeira versão em desenho animado para as histórias de dois gauleses, Asterix e Obelix, e seus amigos, baseado nas histórias em quadrinhos, criadas pelos fantásticos René Goscinny e Albert Uderzo. As histórias de Asterix e Obelix são tão populares que se tornaram as mais famosas da França, seu país de origem. Sem exageros, seria como a Turma da Mônica para os brasileiros.
Bem, voltando ao filme, os acontecimentos teriam ocorrido por volta de 50 anos a.C., momento turbulento da sociedade romana.

 Partindo dessa primeira informação, assinale a alternativa correta.
1) Roma em 50 anos a.C. era: (2,0)
a) monarquia; b) república; c) império; d) nenhuma das anteriores.
 Apesar de ser uma história fictícia, de fato os romanos invadiram e conquistaram grande parte das regiões que hoje compõem a França.
Na história, um romano resolve se passar por gaulês e ver se assim descobre a origem de tamanho força dos guerreiros daquela aldeia. Evitando ser descoberto, o soldado Calígula Minus (favor não confundir com o imperador Calígula) passou a se chamar Calígulix.
Calígulix dizia ser de uma cidade com um nome estranho: Lutécia. No início do filme, eu disse a vocês como se chama essa cidade hoje.
 2) Assinale o nome da cidade atualmente: (2,0)
a) Praga; b) Londres; c) Milão; d) Paris.
 Agora, dê uma olha nessa imagem fantástica.

29 dias caminhando! Fala sério...
E pudemos ler em nosso álbum de figurinha que os legionários romanos não caminhavam descarregados. Ao contrário. Estudos apontam que só de equipamento, cada homem carregava mais de trinta quilos.3) Escreva um pouco mais sobre como eram essas caminhadas e o porquê dos romanos fazê-las. (3,0)

Agora...

4) Imagine que você é um desses soldados que fez essa longa jornada. Crie uma narrativa sobre. Bote a cabeça para pensar. (3,0)  



[1] Leoni, G. D. “A Literatura de Roma” – 6ª ed. – São Paulo: Livraria Nobel S. A., 1961. p. 76
[2] ATENÇÃO: os períodos registrados fazem menção ao governo, e não à vida dos imperadores aqui citados.
[3] Caso queira conhecer esse admirável pensador, acesse: http://respirehistoria.blogspot.com/2015/01/lucioanneo-seneca-4-a.html


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